Sete dicas para a avaliação de impacto do seu projeto social

Você dirigiria o seu carro sem o painel de controle? Acredito que você não dirigiria o seu programa social sem entender se as suas ações estão melhorando a vida do seu público alvo.

Um programa de avaliação de impacto aumenta fortemente a transparência dos projetos sociais, mostrando se os recursos de fato ajudam ou se servem apenas para a auto conservação da organização pública ou privada que os gerencia.

Para a realidade do Terceiro Setor, passando de caridade para a mudança, muitos recursos são disponibilizados só com a presença de planos que possam evidenciar quantitativamente os resultados a serem alcançados.

Implementar esses planos, porém, não é tão fácil, nem barato. É um caminho desafiante, mas gostaria de oferecer algumas dicas para facilitar quem está considerando começar agora:

1. Pense bem se você quer fazer.

2. Se quer fazer, contrate um estatístico: mais cedo ou mais tarde você vai pedir e pode ser tarde demais. O estatístico é fundamental para definir o que, e como medir análise dos dados coletados.

3. Contratando ou não um estatístico, leia “Avaliação de Impacto na Prática“. É gratuito, é em português, é feito pelo Banco Mundial, é simples e explica os fundamentos.

4. Na medida do possível, defina os seus processos antes:
a) Como lidar com valores
b) Com substituir sujeitos que saem dos grupos de pessoas de impacto e de controle
c) Se você reage ao longo do caminho, a tentação de adaptar as regras aos resultados desejados é forte, e avaliadores externos sempre vão suspeitá-lo.

5. Não poupe recursos na coleta de dados inicial (a linha de base):
Sem conhecer o ponto inicial, é impossível medir o progresso de desenvolvimento. Nas perguntas, no número de entrevistados é melhor errar por excesso: Sempre descobrirá coisas inesperadas.

6. Considere uma Fase: no começo haverá muitos problemas inesperados (na coleta, na elaboração, quando interpretar) que deverá acertar antes de produzir resultados comparáveis. Nós realizamos 3 levantamentos testes com intervalo de três meses antes de considerar o programa consolidado.

7.Na análise, não espere dos números mais do que eles podem oferecer: “Nem tudo o que é importante pode ser medido, e nem tudo o que pode ser medido é importante”: o objetivo da medição de impacto é relatar causa e efeito.

Os não podem fazer isso: podem provar ou desaprovar uma hipótese, nunca criar uma do zero, então não se esqueça de ficar atento ao seu público e coletar informações
qualitativas.

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